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A equação de Boltzmann (EB), proposta por Ludwig Boltzmann em 1872, constitui a parte analítica do modelo mais notável da teoria cinética dos gases que,
a partir de uma abordagem de base estatística, descreve a evolução no espaço
e no tempo de um gás inerte constituído por moléculas idênticas. Uma das
grandes diculdades inerentes à EB prende-se com a complexidade matemática
do seu termo colisional, o chamado integral colisional, que faz uma descrição detalhada da interacção entre duas moléculas. Esta limitaçãao da EB tem suscitado
a construção de modelos cinéticos que, genericamente, substituem o integral colisional por um termo de estrutura menos refinada, capaz de preservar as principais
propriedades do integral colisional e, simultaneamente, descrever a evolução das
grandezas macroscópicas mensuráveis experimentalmente.
O modelo mais estudado á sem dúvida o chamado modelo BGK, proposto
por Bhatnagar, Gross e Krook em 1954, cujo termo colisional apresenta uma
estrutura muito simples satisfazendo os requisitos apontados anteriormente. A
ideia principal subjacente a este modelo é a de que as colisões entre as moléculas,
na sua globalidade, produzem uma forte tendência para que o gás evolua para um
estado de equlíbrio.
As crescentes aplicações da engenharia a problemas envolvendo gases quimicamente activos, como a combustão, a química tecnológica, os reactores químicos,
etc, têm motivado a extensão da EB e dos seus modelos cinéticos a misturas de
gases com reacções químicas.
Este será o tema principal do seminário de 26 de Abril, onde serão apresentadas
algumas contribuições recentes no contexto dos modelos de tipo BGK para gases
sujeitos a reacções químicas reversíveis de tipo bimolecular. Area(s):
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